Fauna existente no Estado de São Paulo

sábado, 16 de novembro de 2013

Sirema

Seriemasariema ou siriema é o nome vulgar dado às aves pertencentes à família dos cariamídeos (Cariamidae), da ordem dos cariamiformes (Cariamiformes). São aves de médio porte, terrestres, que preferem correr a voar. O grupo é nativo da América do Sul e habita zonas de pradaria ou florestas abertas. As seriemas alimentam-se de insectos, lagartos e pequenas cobras, como também de cajuis e cajus do cerrado. Em contato com os humanos, as Seriemas são sempre desconfiadas e quando se sentem ameaçadas por eles, costumam abrir suas asas e enfrentá-los. Diz a lenda que o canto deste pássaro indica o final da época das chuvas.
Aceitam diferentes tipos de alimentos dados pelo homem, como grãos de milho e pedaços de pão. Andam em casais ou pequenos grupos. Só voam quando se sentem obrigadas. À noite abrigam-se no alto das árvores, onde também constroem seus ninhos. Do tupi, siriema=pequeno nhandú, ou seriema=nhandú com crista.
Vista normalmente em chácaras em Biritiba-mirim.

Seriema









Caracterização


Mede 90 cm, seu peso é 1.400 g. Ave pernalta de aparência arcaica e porte avatajado; ave terrícola. De asas largas e "duras", cauda longa. Plumagem cinzenta com ligeira tonalidade parda ou amarelada; na base do bico, o qual 'e forte e vermelho como as pernas, cresce um feixe de penas eriçadas para adiante, tem o olhar ameaçador.

Habitat


Vive no cerrado, campos sujos, também nos planaltos descampados. O desmatamento progressivo contribui para expandir seus domínios na medida em que lhe proporciona novas áreas de hábitat favorável.

Distribuição


Ocorre da Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia ao Brasil central e oriental até o oeste do Mato Grosso, sul do Pará e no Maranhão.

Hábitos


Andam em casais ou em pequenos grupos. Quando perseguida por um automóvel chega a atingir de 40 até 70 km/h - antes de levantar vôo (só faz quando necessário). À noite empoleira-se no altos das árvores, durtante o dia repousa deitada no solo. Quando percebe algum perigo esconde-se atrás de troncos caídos, deitando no chão. Toma banho de poeira e sol.

Alimentação


Come gafanhotos e outros artrópodes, roedores, calangos, lagartixas e outros animais pequenos inclusive cobras. Começa sempre a comer a vítima pela cabeça.  Tem a reputação de devorar "grande quantidade" de cobras, o que aparentemente é exagero. Não é imune ao veneno ofídico. Não gosta de bicho morto.

Reprodução


Sexos semelhantes. Nidificam sobre as árvores, constrõem um ninho de porte razoável, com gravetos e galhos frágeis, forrando o fundo com estrume de gado ou folhas secas; a árvore tende ser tal que permita a ascensão da ave, em saltos auxiliados por curtas esvoaçadas, até o ninho, o qual pode estar a 4-5 metros do solo.Põe de 2 a 4 ovos brancos , ligeiramente rosados. O casal reveza-se no choco, que dura de 26-29 dias. O filhote é coberto por longa penugem parda pálida com manchas pardas. Abandona o ninho com 12 dias de idade.

Manifestações sonoras


O canto é uma estrofe longa, composta de gritos estridentes, tem um alcance superior a 1 km. No início da reprodução vocaliza antes de clariar o dia. Há outras vozes: quando está irritado, querendo devorar uma presa, durante o galanteio, e, às vezes, quando descansa emite um ranger. Gritam muito quando o tempo está mudando para chover. É interessante vê-las emitir seua altos e estridentes gritos, que a cabeça e o pescoço acompanham numa perfeita sincronização, para baixo e para cima.

Bibliografia

Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira". 
Marco Antonio de Andrade, 1997. "Aves Silvestres - Minas Gerais".